"então a vida abater-se-á sobre a folha de papel onde verso a verso me ilumino e me desgasto." al berto.
14 outubro, 2006
│noyée│
chamo-te sem voz.
chamo-te com a dança do vento na tua idade.
da tua memória desprendem-se as magníficas cores de um astro explodindo,
e do firmamento recebo a força da labareda,
o tempo da delicada quietude.
poderias erguer-te aqui como o castanheiro dos contos sussurrados junto ao fogo,
e deambular trémulo com as aves.
poderias murmurar o humilde sossego do coração,
onde a tua voz é precioso alimento do meu silêncio.
encontrei dentro de ti o repercutido som do mar,
a voz exacta das plantas e um abrigo.
és-me necessário pelos caminhos,
pelas constelações e rubros solstícios.
és-me necessário aqui,
onde faço de aves este dia,
e descubro no amor o dom do voo e do sonho permanente.
por isso tatuo na delicada pele da eternidade
o teu nome a repousar nas manhãs do meu mundo.
magnificamente, vives no outro lado do meu silêncio,
aquele que me ensina o vento, a idade,
a leveza,e a delicadeza infinita.
ficarei a tocar a tua mão de neve.
lullaby, by goran bregovic.
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│the end│
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4 comentários:
lindissimo post!
obrigada.
:)
e eu ficarei aqui a tocar este post de mansinho
magnificamente.
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