paisagens desérticas que entorpecem as vidraças dos corpos. escuto a cidade nos búzios urbanos, no interior de ruelas de urina e sangue, graffitis que testemunham a venda dos corpos vagabundos, animais endurecidos nas mãos, cheiros amargos, paisagens privadas de haxixe, pobreza e velhice até ao vómito nesta cidade que enxergo mal, marulhando vida e morte em ofegantes cocktails de luz. mordem a noite até não arder mais nada.
juntos tocamos longe devagar pétalas, madeira queimada ou lua incandescente do vulto entornado sobre o crepúsculo.
juntos tocamos longe devagar pétalas, madeira queimada ou lua incandescente do vulto entornado sobre o crepúsculo.
deixo a noite apagar-me descansadamente.
2 comentários:
pequenos incêncios que se soltam de dedos frágeis... lindo :)
vestindo as manhãs com composições, arquitectando perigos menores para os dias de cal.
:)*
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