estou vivo e escrevo sol
eu escrevo versos ao meio-dia
e a morte ao sol é uma cabeleira
que passa em fios frescos sobre a minha cara de vivo
estou vivo e escrevo sol
se as minhas lágrimas e os meus dentes cantam
no vazio fresco
é porque aboli todas as mentiras
e não sou mais que este momento puro
a coincidência perfeita
no acto de escrever e sol
a vertigem única da verdade em riste
a nulidade de todas as próximas paragens
navego para o cimo
tombo na claridade simples
e os objectos atiram suas faces
e na minha língua o sol trepida
melhor que beber vinho é mais claro
ser no olhar o próprio olhar
a maraviha é este espaço aberto
a rua
um grito
a grande toalha do silêncio verde.
ramos rosa.
one night and it's gone, by colleen.
4 comentários:
(não posso não posso não posso
não posso adiar para outro século
não posso)
HMM
(...o coração
não posso adiar...)
grito, vertigem, vinho, maravilha.
;)
em cheio.
(demoro-me devagar nos teus posts.
ainda tenho mais dois à minha espera.)
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