depois da madrugada partida e inerte, plena da intenção vespertina, venho esquecer a esta casa, em postura de silêncio dobrado.
anonimamente recolher rudimentos do chumbo no desejo, revolver as mãos na areia em curvas de pobreza, nas entrelinhas lendo a imperfeita enumeração dos caminhos vulgares.
somente a diuturnidade alheia para tornar coeso o azul mortífero, este vento inominável que ronda os rochedos como um animal selvático em vigia.
a história, a narração.
uma voz além madrugada que desce para mim no fundo de um vale, expectativa dolorosa mas serena, palavras maiores para desfazer o nó silvestre que cresceu nos dias.