11 novembro, 2006

│involuntários│



paisagens desérticas que entorpecem as vidraças dos corpos. escuto a cidade nos búzios urbanos, no interior de ruelas de urina e sangue, graffitis que testemunham a venda dos corpos vagabundos, animais endurecidos nas mãos, cheiros amargos, paisagens privadas de haxixe, pobreza e velhice até ao vómito nesta cidade que enxergo mal, marulhando vida e morte em ofegantes cocktails de luz. mordem a noite até não arder mais nada.

juntos tocamos longe devagar pétalas, madeira queimada ou lua incandescente do vulto entornado sobre o crepúsculo.

deixo a noite apagar-me descansadamente.

2 comentários:

(in)tacto disse...

pequenos incêncios que se soltam de dedos frágeis... lindo :)

imo disse...

vestindo as manhãs com composições, arquitectando perigos menores para os dias de cal.
:)*

│the end│

perdeste o nome como eu há muito perdera a infância. trying to stay awake noite turva pelo tamanho do medo and remember my name tentando luc...