17 maio, 2007

│reciting the ships│



depois da madrugada partida e inerte, plena da intenção vespertina, venho esquecer a esta casa, em postura de silêncio dobrado.

anonimamente recolher rudimentos do chumbo no desejo, revolver as mãos na areia em curvas de pobreza, nas entrelinhas lendo a imperfeita enumeração dos caminhos vulgares.
somente a diuturnidade alheia para tornar coeso o azul mortífero, este vento inominável que ronda os rochedos como um animal selvático em vigia.

a história, a narração.
uma voz além madrugada que desce para mim no fundo de um vale, expectativa dolorosa mas serena, palavras maiores para desfazer o nó silvestre que cresceu nos dias.

8 comentários:

rosa disse...

sempre bonito, aquilo q nos dás. aqui.

a voz do patrick. o azul. as tuas palavras. maiores.

imo disse...

um silvestre obrigada, rosa.

Cometa 2000 disse...

muito bonita a imagem e a escrita. de um azul profundo...

imo disse...

um azul tem mil imagens.
obrigada.

(in)tacto disse...

um
...

so
..

rriso
.

a par e passo

imo disse...

(in)visível.
:)

rosa disse...

ssssSSSSssssSSSSSSssssssssSSSsss...

(um ventinho bom pra ti e um barulhinho bom)

imo disse...

que linda... :)
até breve*

│the end│

perdeste o nome como eu há muito perdera a infância. trying to stay awake noite turva pelo tamanho do medo and remember my name tentando luc...